Faluja:
a Guernica estadunidense
Por
Hector Carreon
Fonte:
La Voz de Aztlan http://www.aztlan.net/index.html
Tradução
Imediata
No
dia 26 de abril de 1937, a Luftwaffe nazista [1] lançou
cerca de 45.000 quilos de bombas sobre o pacífico vilarejo
basco de Guernica (Espanha), a pedido do fascista "Generalíssimo"
Francisco Franco. No fim do dia, Guernica estava em ruínas
e 1.654 civis bascos tinham sido assassinados e outros 889 feridos.
Naquela época, o mundo ficou horrorizado com os fatos.
O Generalíssimo Franco, inicialmente, negou à imprensa
que o ataque tivesse ocorrido. Mais tarde, quando as fotografias
do massacre foram publicadas, o fascista Franco culpou aqueles
que defenderam Guernica pela destruição da cidade
e pelo assassinato de civis.
O
brutal ataque contra a população civil basca, pelo
maciço e indiscriminado bombardeio nazista, foi imortalizado
pelo artista espanhol Pablo Picasso em 1937, em sua obra titulada
"Guernica". A obra pictórica "Guernica"
é hoje um símbolo dos horrores de uma guerra levada
a cabo por demoníacos fascistas e ditadores que não
atribuem qualquer valor à vida humana enquanto buscam realizar
seus objetivos políticos e conquistar os recursos naturais.
Thomas Gordon e Max Morgan, em seu livro "Guernica: A Encruzilhada
da Segunda Guerra Mundial", citam um sobrevivente [do massacre
de Guernica]: "O ar estava carregado de gritos dos feridos.
Vi um homem se arrastando no chão, com as pernas quebradas
havia pedaços e restos de gente e de animais espalhados
por todos os lados... sob os escombros, havia uma jovem. Não
pude deixar de olhá-la. Podia ver seus ossos que lhe perfuravam
a roupa. A cabeça completamente retorcida em volta do pescoço.
A boca aberta e a língua para fora. Vomitei e desmaiei."
"Guernica"
voltou. Dessa vez, não pelas bombas lançadas pela
Luftwaffe nazista sobre um povoado da Espanha, mas pelas bombas
estadunidenses lançadas, massacrando centenas de civis,
incluindo mulheres e crianças, em uma cidade iraquiana:
Faluja. Como na "Guernica" de Franco, os militares estadunidenses
estão negando que o objetivo sejam os civis, porém
informações censuradas que estão se infiltrando
a partir do Iraque, afirmam que a metade das mesquitas da cidade
está em ruínas e que os marines dos EUA estão
usando gazes letais proibidos pelas leis internacionais contra
os defensores civis da cidade, causando mortes em massa entre
os civis que permaneceram em Faluja. Outras informações
da imprensa árabe falam de centenas de mortos civis que
ficaram presos sob os escombros das casas destruídas durante
a primeira ofensiva militar "suave" estadunidense contra
a cidade. As espantosas fotografias dos cadáveres fazem
lembrar aquilo que narrou o sobrevivente de "Guernica",
que citamos anteriormente.
É
irônico que no dia 5 de fevereiro de 2003, quando o Secretário
de Estado Collin Powell fez um chamamento à guerra contra
o Iraque diante do Conselho de Segurança das Nações
Unidas (CS da ONU), a cópia de "Guernica" de
Picasso, no segundo andar do edifício da ONU, ficou "coberta"
com um grande pano. Apenas 24 horas antes do fracasso de Powell
quanto a seu objetivo de convencer os membros ainda incertos do
CS da ONU, o Presidente George W. Bush declarou: "O jogo
terminou", e lançou o brutal ataque inspirado no sionista
"Choque e Pavor" contra o Iraque. O número de
civis que voaram pelos ares devido às bombas e aos mísseis
dos EUA ainda não é conhecido com certeza absoluta.
Faluja
é hoje a "Guernica" estadunidense e a imprensa
dos EUA está ocultando a criminosa operação
militar que está sendo levada a cabo. Além disso,
não se ouve absolutamente nenhuma voz contrária
no establishment político dos EUA. Isso demonstra a profunda
moléstia moral entre os estadunidenses e o início
da decadência da liderança dos EUA.
Os
meios de comunicação [estadunidenses] não
estão sequer manifestando a mais mínima das objeções
contra os crimes de guerra em Faluja, ao contrário, estão
fazendo com que as selvagens operações militares
de Faluja pareçam normais. As reportagens da imprensa escondem
do povo dos EUA o verdadeiro caráter dos tremendos ataque
militares, que é a destruição das raízes
da oposição à ocupação colonialista
pelos EUA e do governo fantoche que foi imposto [ao Iraque].
Como
o "Generalíssimo" Franco em Guernica, o Secretário
de Defesa Donald Rumsfeld mente ao povo estadunidense sobre o
número de civis iraquianos assassinados em Faluja. Ficaram
apenas cerca de 30.000 civis em Faluja e muitos deles já
deverão ter sido assassinados. O restante dos alvos "justos"
são cumpridos pelos marines dos EUA em seus assaltos casa
por casa. Levará meses, ou anos, para saber com exatidão
o alcance do massacre cometido contra a população
civil.
Faluja
é a Guernica dos EUA! Quem poderia ter imaginado que o
país que liberou a Europa dos responsáveis pelos
crimes de Guernica tenha hoje ocupado o seu lugar? A sede de sangue
é hoje generalizada na imprensa dos EUA, em sua classe
política e em grande parcelas do povo dos EUA. Não
podemos deixar de nos perguntar aonde levará tudo isso.
Talvez ao Armagedon?
[1]
A força aérea hitleriana.
Fallujah
: America's Guernica
by
Hector
Carreon
La
Voz de Aztlan
Los
Angeles, Alta California, November 10, 2004 - (ACN) On April 26,
1937, the Nazi Luftwaffe dropped 100,000 pounds of bombs on the
peaceful Basque village of Guernica, Spain on the urging of the
Fascist Generalisimo Francisco Franco. At the end of the day,
Guernica was in total ruins and 1,654 Basque civilians had been
slaughtered and 889 wounded. The world in those days was horrified
by the deed. Generalisimo Franco initially denied to the press
that the raid ever took place. Later, when photographs of the
massacre were published, the Fascist Franco blamed the destruction
of Guernica and the killings on those who defended it.
The
brutal attack on the Basque civilians by massive and indiscriminate
bombardment was immortalized by the Spanish artist Pablo Picasso
in his 1937 painting titled "Guernica". The painting "Guernica"
has now become a worldwide symbol of the horrors of war waged
by evil fascists and dictators who place no value on human life
in their pursuits of political goals and conquest of natural resources.
Thomas Gordon and Max Morgan in their book, "Guernica: The Crucible
of World War II" quotes a survivor, "The air was alive with the
cries of the wounded. I saw a man crawling down the street, dragging
his broken legs.... Pieces of people and animals were lying everywhere....
In the wreckage there was a young woman. I could not take my eyes
off her. Bones stuck through her dress. Her head twisted right
around her neck. She lay, mouth open, her tongue hanging out.
I vomited and lost consciousness".
"Guernica"
is back. This time it is not about the Nazi Luftwaffe dropping
bombs on a village in Spain but about the USA dropping bombs and
massacring hundreds of civilians that include women and children
in the town of Fallujah, Iraq. As Franco in "Guernica", the USA
military is denying that it is targeting civilians, but censored
reports are filtering out of Iraq that say that over half of the
Mosques in the city lie in ruins and that US Marines are utilizing
outlawed lethal gasses against the city's defenders which are
also causing massive casualties among the civilians that remain
in the city. Other reports in the Arab media talk about hundreds
of civilian casualties under the rubble of homes that were hit
by USA bombs during the initial military "softening" of the city.
Gruesome photographs of the dead are reminiscent of the survivor's
account of "Guernica" as quoted above.
It
is ironic that in February 5th of 2003, when Secretary of State
Colin Powell was making a call for war against Iraq before the
United Nations Security Council in New York City, that the copy
of Picasso's "Guernica" on the second floor of the UN building
was "covered" with a large drape. Just 24 hours after Powell failed
to convinced the doubtful U.N. Security Council members, President
George W. Bush declared "The game is over" and launched the brutal
Zionist inspired "Shock and Awe" attack against Iraq. The number
of Iraqi civilians that have been blown to pieces by USA bombs
and missiles since then are still being counted.
Fallujah
today is America's Guernica and the USA media is covering up the
criminal murderous military operation under way. In addition there
is absolutely no outcry from the USA political establishment.
This points to a deep spiritual and moral malaise among Americans
and decay in the leadership of the USA.
The
media is not raising any objections to the war crimes in Fallujah
but instead make the savage military operations as if they were
normal. The media reports conceal from Americans the true character
of the vicious military assault which is to destroy a significant
source of opposition to the USA colonialist occupation and its
puppet regime.
Like
Generalisimo Franco in Guernica, Secretary of Defense Donald Rumsfeld
is lying to the American public about the number of Iraqi civilian
casualties in Fallujah. There are about 30,000 civilians left
in Fallujah and many of these have already been killed. The rest
are "fair" targets in the house to house US Marine assaults. It
will take months if not years to determine the extent of the civilian
massacre.
Fallujah
is America's Guernica! Who would have foreseen that the country
that liberated Europe from those responsible for Guernica would
today take their place? Bloodthirstiness now pervades the USA
media, the political establishment and large portions of the American
people. One shudders to think were all this will lead. Armageddon
perhaps?
http://www.aztlan.net/fallujah_guernica.htm
15-11-2004
Fallujah
: El Guernica estadounidense
Hector
Carreon
La
Voz de Aztlan
El
26 de abril de 1937, la Luftwaffe Nazi [1] lanzó unos 45.000
kilos de bombas en el pacífico pueblo vasco de Guernica
(España) a petición del fascista Generalísimo
Francisco Franco. Al terminar el día Guernica estaba en
ruinas y 1.654 civiles vascos habían sido asesinados y
otros 889 heridos. En esos momentos, el mundo estaba horrorizado
por los hechos. El Generalísimo Franco, inicialmente negó
a la prensa que el ataque hubiera tenido lugar. Más tarde,
cuando las fotografías de la masacre se publicaron, el
fascista Franco culpó de la destrucción de Guernica
y del asesinato de civiles a quienes defendieron Guernica.
El
brutal ataque sobre la población civil vasca por el masivo
e indiscriminado bombardeo Nazi fue inmortalizado por el artista
español Pablo Picasso en 1937 en su obra de titulada "Guernica".
El cuadro del "Guernica" es hoy un símbolo de
los horrores de una guerra llevada a cabo por demoníacos
fascistas y dictadores que no otorgan valor alguno a la vida humana
en la consecución de sus objetivos políticos y en
la conquista de los recursos naturales. Thomas Gordon y Max Morgan
en su libro "Guernica": La Encrucijada de la Segunda
Guerra Mundial cita a un superviviente [de la masacre de Guernica]:
"Aún se sentía la vida por los gritos de los heridos.
Vi a un hombre arrastrándose por el suelo con sus dos piernas
rotas... .... había restos humanos y de animales esparcidos
por doquier.... Bajo los escombros había una joven. No
pude dejar de mirarla. Podía ver sus huesos atravesándole
la ropa. La cabeza completamente retorcida alrededor del cuello.
La boca abierta y la lengua fuera. Vomité y me desmayé".
Guernica
ha vuelto. Esta vez no por las bombas lanzadas por la Luftwaffe
Nazi en un pueblo de España, sino por las bombas estadounidenses
lanzadas masacrando a cientos de civiles, incluidos mujeres y
niños, en una ciudad iraquí: Faluya. Como en el
"Guernica" de Franco, los militares estadounidenses
están negando que el objetivo sean los civiles, pero informaciones
censuradas, que están filtrándose desde Iraq, afirman
que la mitad de las mezquitas de la ciudad están en ruinas
y que los marines estadounidenses están usando gases letales
prohibidos por las leyes internacionales contra los defensores
civiles de la ciudad y causando además muertes masivas
entre los civiles que permanecen en Faluya. Otras informaciones
de la prensa árabe hablan de cientos de muertos civiles
que permanecen bajo los escombros de las casas destruidas durante
la primera ofensiva militar "suave" estadounidense contra
la ciudad. La gran mayoría de las fotografías de
los cadáveres recuerdan lo narrado por el superviviente
de Guernica que hemos reproducido más arriba.
Resulta
irónico que el 5 de febrero de 2003, cuando el Secretario
de Estado Collin Powell hizo un llamamiento a la guerra contra
Iraq ante el Consejo de Seguridad de Naciones Unidas (CS de NNUU)
la copia del "Guernica" de Picasso, en el segundo piso
del edificio de NNUU, estuviera cubierto por una enorme tela.
Justo 24 horas antes de que Powell fracasara en su intento de
convencer a los miembros dubitativos del CS de NNUU, el Presidente
George W. Bush declaró "El juego ha terminado" y lanzó
el brutal ataque inspirado en el sionista "Conmoción
y Pavor" contra Iraq. El número de civiles que han
saltado por los aires por las bombas y misiles estadounidenses
aún no se sabe con certeza absoluta.
Faluya
es hoy el Guernica estadounidense y la p
rensa
estadounidense está ocultando la criminal operación
militar que se está llevando a cabo. Además, no
se oye absolutamente ninguna voz en contra desde las instancias
políticas estadounidenses. Esto indica una profunda enfermedad
moral entre los estadounidenses y el inicio de la caída
del liderazgo de Estados Unidos (EEUU)
Los
medios de comunicación [estadounidenses] no están
siquiera manifestando la más mínima objeción
a los crímenes de guerra en Faluya, por el contrario, están
haciendo que las salvajes operaciones militares de Faluya parezcan
normales. Los reportajes de prensa esconden al pueblo estadounidense
el verdadero carácter de los tremendos asaltos militares
que es destruir las raíces de la oposición a la
ocupación colonialista de EEUU y del gobierno títere
que han impuesto [en Iraq.]
Como
el Generalisimo Franco en Guernica, el Secretario de Defensa Donald
Rumsfeld miente al pueblo estadounidense sobre el número
de civiles iraquíes asesinados en Faluya. Solo quedan alrededor
de unos 30.000 civiles en Faluya y muchos de ellos ahora ya habrán
sido asesinados. El resto de los objetivos "justos"
son cumplidos por los marines estadounidenses en sus asaltos casa
por casa. Llevará meses, sino años, saber con exactitud
el alcance de la masacre cometida contra la población civil.
Faluya
es el Guernica estadounidense.¿Quién hubiera aventurado
que el país que liberó a Europa de los responsables
de los crímenes de Guernica haya ocupado su puesto hoy?
Sed de sangre en lo que tiene la prensa estadounidense, la clase
política y una gran proporción del propio pueblo
estadounidense. Uno se pregunta, ¿A dónde llevará
todo esto? ¿A Armagedón, quizás?
[1]
La fuerza aérea hitleriana.
http://www.aztlan.net/index.html
Traducción
del inglés: Paloma Valverde (CEOSI)
samba<info@imediata.com>
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