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CÓDIGO DA VINCI - PELAS BARBAS DE LEONARDO!
Algumas verdades sobre o "Código da Vinci": mintam e filmem, que algo acaba ficando (nas contas bancárias)
Estudo de rosto humano, Leonardo da Vinci
Por
Fernando Buen Abad Domínguez
Fonte: Rebelión/Fundación Federico Engels - 8-05-2006 Tradução: Imediata
"Quem pensa pouco, erra muito."1
Leonardo teria estourado de tanto gargalhar. Não entenderia essa coisa de um suspense, um 'thriller' no Museu do Louvre... zombaria da existência de uma irmandade secreta "Opus Dei"... das relações com Jesus Cristo e o Santo Graal.... Leonardo da Vinci teria mijado de tanto rir (sim?) com a leitura pós-moderna de um grupo de negociantes editoriais que injetaram ópio midiático (com prazer burguês hilário de "cultos" e "progresso") aos símbolos de seus quadros, e se botaram, com isso, a vender livros como loucos. E logo depois de rir às gargalhadas montaria em cólera multiplicada por mais de 30 milhões de exemplares (mais os piratas) traduzidos em 30 idiomas, pelo menos, e ficando semanas e mais semanas no "Top" das listas de livros mais vendidos "all over the world". Nem Leonardo, que não poucas vezes queimava os miolos para vender seus projetos aos poderosos2, teria imaginado as argúcias que desenvolveria o capitalismo. A moral da impunidade mercantil passeando presunçosa, disfarçada de "cultura".
Leonardo, que não tem culpa, não merece semelhante tratamento; a "arte" do Código de Brown não está na escrita, nem em sua engenhosidade, nem em sua erudição, a arte desse livro está na maneira de vendê-lo. Nenhuma das charadas eruditas com que o autor joga tem a menor importância ou utilidade. Inventa um obscurantismo ligth pensado para as vitrines e os supermercados, ao alcance de leitores satisfeitos em ficar de fora, acreditando que a fé cega no que é dito, com aparência sabichona, que o autor esboçou, para criar tons míticos a um texto francamente pueril, escrito para entreter incautos. Isso da "Seção Áurea" que se move sozinha, os números mágicos, os neo-achados das pirâmides do Egito... a mão do morto, é bijuteria para dar brilho à ignorância de leitores ávidos de misticismo grosseiro. Santo Graal do marketing.
Em nenhum sentido a obra de Leonardo é essa bravata vulgar de hipóteses banais com a qual Brown se assenhoria de um halo iniciático e paranóico. Vista em seu contexto histórico, político e de classe, a obra de Leonardo, gostemos ou não, abunda em comentários de índole muito diversa, próprios de uma mente indagadora em plena pré-história do pensamento científico. Mais de uma especulação de Leonardo, por seu método e seus vícios ideológicos, o conduziu a intuições de todo tipo sobre as reverberações cósmicas ou divinas na terra, muitas outras o colocaram diante da mais crua e concreta realidade da matéria, e a multidão de suas divagações não é que a paisagem da mente brilhante de Leonardo em uma época de transição, sob os primeiros raios da razão científica que, mais tarde, não sem contradições e abusos, reinaria até o presente.
Leonardo da Vinci, mistura de artista e cientista... como muitos. Porém ele não cobra regalias nem direitos de autor... como entendeu bem a indústria, agora, cine-editorial que se aproveita disso.
Brown não tem intenções literárias. Joga de maneira simplista com a noção de "segredo" sectário como fachada que seduz interesses e morbosidades de vários matizes. Não importa se fixa seus cenários em uma capela na Escócia em 1446, no edifício multimilionário da Opus Dei, ou se usa os corredores do Louvre como alusão à Casa Branca... o importante é que seja rentável uma história infestada de "cavalheiros", como os Templários, que entregam a vida pelo Santo Graal, seja esse um segredo de Estado, de empresa ou de partido político... em Wall Steet ou no escritório de Dick Cheney. A venda do livro fez florescer uma lista interminável de álibis turísticos, souvenirs, edições de luxo tipo Bíblia, conferências, cursos, reuniões e congressos televisivos que se infestaram instantaneamente com especialistas ao vapor, que afiaram na véspera a espada do seu sentido comum mais ilustrado. E continuam lucrando.
Com seu tom de ficção mais ou menos anticatólica, porém não demasiadamente misterioso, o Código Da Vinci é um êxito da cultura de massas. Uma aventura cretina, com passagens inverossímeis, que envolve com o celofane do mistério a ignorância de muitos leitores dispostos a sucumbir a-criticamente diante de qualquer simbologia secreta na pintura de Leonardo Da Vinci, nos sisos da Gioconda ou nas lajotas de São Pedro. Tudo apesar de Leonardo, que não sentia grande interesse em agregar ao mundo deformações místicas3, nem sequer em sua vida sexual.
"Quem de verdade sabe do que falar, não encontra razões para levantar a voz".4
Há um toque de ficção irreverente que, em tons de documentário, produz efeitos perturbadores em leitores pouco informados... tática muito marqueteira e também muito medida, essa de revelar que Jesus, Deus, teve uma vida sexual com Maria Madalena e que, assim, produziu filhos, portadores de seu sangue, e que são o Santo Graal... e a partir de lá, seitas e mais seitas para todos os gostos e para justificar qualquer estratagema expropiador do poder social. Nesse contexto, toda fantasia é possível e pobre, a realidade superou qualquer delírio literário... Jesus e Maria, homem e mulher, postos em transe de gozo genital, facilita o espanto do burguês mais pedófilo. No México, a direita mais reacionária anda ofendida com o Código de Brown, enquanto não deixa de financiar as máfias pedófilas associadas com governadores preciosos. Desgarram-se as vestimentas e a hipocrisia protagoniza desmaios magníficos, cheios de indignação, justo antes de passarem as propagandas... a mesma burguesia autora e cúmplice da exploração e do saque, a mesma burguesia que reprime trabalhadores e é causa de injustiças atrozes, emigrações em massas, enfermidades curáveis, desnutrição, ignorância... barbárie, debate ofendida pelo uso que Cristo fez do seu membro entre as pernas de Madalena, segundo Brown, claro. A burguesia que quer esconder as revistas5 porno em Valência, Espanha, para que o Papa não as veja em seu caminho. E com suas idéias lustrosas e seus sacrossantos intelectuais orgânicos, a burguesia adorna o laço místico de um romance que quase ninguém entende a fundo, porém, no qual pretendem agarrar a consciência dos leitores, exatamente como fazem na tevê. Só que dessa vez quem aparece são os eruditos, com sua "imaculada concepção" da arte literária e sua não pouco suspeita abundância de conhecimentos improváveis e impossíveis de provar. Não se salvam nem as barbas de Leonardo.
"O cardeal Francis Arinze, prefeito da Congregação do Culto, exortou os cristãos a utilizarem todos os 'meios legais' para impedir a distribuição do filme. 'Os cristãos não podem ficar de braços cruzados dizendo 'temos que perdoar e esquecer'. Há muitos meios legais para que seja respeitado o direito à fé', disse".6
A Igreja Católica é tratada com simplismos bobalhões, como se tratasse de um tabuleiro de damas maniqueísta onde só se movem peças negras e brancas. Da luta de classes, de sua influência no Renascimento, da base econômica e material dos povos... pura dieta. Dan Brown, declara: "todas as descrições de arte, arquitetura, documentos e rituais secretos nesse romance são fidedignas". E até nisso há debilidades sem fim. Licenças de escritor, terá pensado. E não são poucos os diários, folhetins, jornalistas que aplaudem o "rigor" e o método de semelhante trabalho histórico. Os mistérios da religião e os enigmas da arte são um pasto de leitores que já têm comprovado sua docilidade e sua alienação já há muitos romances de tons similares. Dan Brown escreve com a paixão e a erudição das palavras-cruzadas. Sua contribuição ao conhecimento dessas zonas secretas leonardinas só requer a ajuda de um bom dicionário para preencher quadradinhos ociosos de uma erudição entediante, fictícia e inútil. Nada disso seria reprovável se fosse um jogo aberto, uma jogada de ficção, se ficasse claro, se não fosse camuflado e servisse de engano.
Dan Brown7 se anuncia como pesquisador de primeira categoria e nem uma palavra sobre a ficção no romance, a construção do imaginário, a fantasia livre... não se menciona nada que possa ensombrecer a tática rentável de parar na fronteira do ambíguo... se parecer "real" o público pagará mais. Esse é o negócio de vender livros pseudo-históricos sobre mitos e segredos da Igreja, os evangelhos, o cristianismo, a virilha das deusas... espécie de febre new age para consumo do mágico. O cristianismo jamais tem sido o tipo de organização que o romance idealizou para fazer funcionar suas teses, a verdade é outra. Será que Jesus teve filhos com Maria Madalena, há descendência, que vantagens obtém a Igreja católica por manter oculta semelhante verdade?
Porém, um problema maior desse romance não se encontra em sua duvidosa riqueza histórica, mas em sua reivindicação "do secreto", "do oculto", as teorias conspiratórias, as relações ocultas entre a rede financeira mundial e a Igreja Católica via Opus Dei. Maria Madalena esconde em seu sexo com Jesus, os segredos de uma série de depósitos bancários que se diluem como um espírito vivente no reino dos céus financeiros. Faz-se passar o prazer sexual de Cristo como um rito de fertilidade sinal dos tempos que, na realidade, é só um rito de acumulação capitalista, muito rentável, em uma história muito pobre. Seu desenlace é previsível.
Leonardo termina sendo vítima de uma conspiração mercantil que se aproveita, agora, do seu trabalho, para sacar renda de uma obra cara à cultura e ao desenvolvimento humano. Espécie de privatização do patrimônio cultural da humanidade. Uma vez mais se explora o trabalho de outro em benefício de alguns vivos que controlam meios e modos de produção material, e de imaginários, aos caprichos alienantes das leis do mercado. A contribuição da moral hegemônica é absoluto: nada te detenha na hora de maquinar negócios, não há limite que se aplique. Deus, Cristo, Leonardo, a Virgem Maria, a Santíssima Trindade... distorçamos tudo, degeneremos tudo, escreve, filma... mente que algo acaba ficando (nas contas bancárias).
"Uma das principais características dos grandes cientistas do Renascimento é que eles eram seres humanos completos. Tiveram um desenvolvimento completo que permitiu, por exemplo, a Leonardo da Vinci ser um grande engenheiro, um matemático e mecânico e, ao mesmo tempo, um grande artista e um gênio. O mesmo com Durer, Maquiavel, Lutero e muitos outros, sobre quem Engels escreveu: "Os heróis daqueles tempos não se encontravam ainda oprimidos pela divisão do trabalho, cujos efeitos limitativos, com sua produção de unilateralidade, vemos tão amiúde em seus sucessores". A divisão do trabalho, naturalmente, desempenha um papel necessário no desenvolvimento das forças produtivas. Apesar disso, sob o capitalismo, ela tem sido levada a tal extremo que se começa a converter em seu contrário".8
Leonardo termina convertido em uma "marca" comercial, uma usurpação do trabalho à queima-roupa de monopólios, que acaba ficando aderida ao nome Brown e ao affaire midiático dos palhaços oportunistas que sempre sabem investir em tudo o que mobilize a negociar com a ignorância, sob o protecionismo governamental, em todas as partes. Leonardo é uma vítima, mas não é a única. Detrás, junto, acima... ficam aqueles que, por uma razão ou outra, jamais souberam quem foi Leonardo, que papel ele desempenhou e desempenha na história e vice-versa. Ficam entalados aqueles que, inclusive com boa fé, depositam sua confiança, e seu dinheiro, nos ditos e feitos do autor e seus padrinhos. Fica um remanente de leitores, e de não leitores, alguns cinéfilos, acaso, com um imaginário desprotegido, de onde, de agora em diante, terão que liberar lutas semióticas muito desiguais para poder neutralizar o vírus trapaceiro com o qual se infectam períodos cruciais da História das lutas humanas. "A ciência ressurgiu triunfante no período do Renascimento. Foi obrigada a levar a cabo uma batalha feroz contra a influência da religião (seguramente, não só a católica, como também a protestante). Muitos mártires pagaram com a própria vida o preço da liberdade científica. Giordano Bruno foi queimado vivo. A Inquisição julgou Galileu duas vezes, obrigando-o a renunciar às suas opiniões sob ameaça de tortura. A tendência filosófica dominante do Renascimento foi o materialismo. Na Inglaterra, este tomou a forma do empirismo, que afirma que todo conhecimento é derivado dos sentidos. Os pioneiros desta escola foram Francis Bacon (1561-1626), Thomas Hobbes (1588-1679) e John Locke (1632-1704). A escola materialista emigrou da Inglaterra à França, onde adquiriu um conteúdo revolucionário. Nas mãos de Diderot, Rousseau, Holbach e Helvetius, a filosofia se converteu em um instrumento para criticar a sociedade existente em seu conjunto. Esses grandes pensadores prepararam o caminho do desmoronamento revolucionário da monarquia feudal em 1789-1939."
Mas fica sobretudo o desafio de evitar que o discurso "do oculto", "do camuflado", "do enterrado" impeça de ver que o motor verdadeiro da História não são os "grandes homens" (ou mulheres) com biografias misteriosas ou ocultas. Isso implica uma regressão às visões idealistas e subjetivas. Trata-se de um desafio no qual sabemos reiterar que de nada serve uma olhada sentimental ou mística da História, por mais que a moralidade hegemônica queira nos impor semelhante ideologia, com romances ou filmes no mercado. Fica para nós, portanto, a tarefa de compreender a História sem os elementos moralistas que carrega consigo o Código Da Vinci, com sua moralidade contraditória que trai o próprio Leonardo". A moral e o moralismo do romance e do filme só fazem sentido no contexto do capitalismo e de suas crises atuais. Vamos aproveitar para explicá-lo.
"Quem não castiga o mal, ordena que ele seja feito."10
Não atraiçoemos Leonardo nem a herança que nos legam as melhores lutas humanas. O espírito renascentista de Leonardo simboliza uma tendência muito poderosa de luta no sentido de abrir as mentes humanas para as possibilidades científicas infinitas. Não deixemos que as roubem de nós. Leonardo sonhava apagar os limites da cultura humana e incrementar seu domínio sobre a natureza e a história. Desde o Renascimento, o pensamento começou a verificar os benefícios e a riqueza da análise crítica. Ocorreram não poucas lutas para enfrentar as mentes mais obscuras, conservadoras e sectárias... ocorreram lutas importantíssimas para superar os axiomas mais velhos que ofereciam como incognos cíveis para os humanos comuns, ocorreram lutas sérias contra as verdades eternas nas mãos efêmeras dos "iluminados".
O Código da Vinci, em sua versão celulóide ou em sua versão papel, nega a existência das leis do desenvolvimento social, aborda a história de um ponto de vista subjetivo e moralista, trai a visão científica de Leonardo e termina pintando-o como um sacerdote. Esta obra é um sermão que distorce toda a visão racional dos fatos, infecta a realidade com tendências obscurantistas, reivindicando-as. Omite as melhores transições de um sistema social a outro e sepulta a verdade das forças motrizes fundamentais que determinam essas transições: a luta de classes. Esta é sua tarefa mais importante, turvar e soterrar a única coisa que nos permitiu alcançar uma concepção científica da história.
Não esqueçamos o grande passo científico que se produziu no Renascimento com a separação entre ciência e religião, não esqueçamos que começou ali uma etapa do pensamento armado com a observação e o experimento, partindo do mundo real material para voltar a ele, e não aos deuses e nem aos fantasmas. Isso custou muito sangue. O Código mercantil de Brown é uma regressão em forma de filme ou livro. Não esqueçamos que a História da Igreja é uma agenda sem paralelos de infâmia e crime, pelos quais até o Papa teve que pedir perdão. O Código de Brown resume uma História tormentada de mitos hipócritas. Brown não poderá, como parece, comprar alguma das indulgências que já em 1517 o Papa Leão X publicou na Taxa Camarae para salvar almas.11
Leonardo da Vinci não merece este tratamento. Não se trata de não ver ou não ler12, trata-se de ver e ler criticamente, sempre. Não atraiçoemos Leonardo, tornando-nos cúmplices de um affaire retrógrado que distila esse pessimismo burguês e que quer nos fundir a ele em seu torpor de instabilidade, incerteza, depressão e medo diante do futuro, o qual os fará pagar por todos os seus abusos. Não derramaremos nem uma lágrima, a crise é deles. Só devemos nos organizar como classe, abrir seus livros contábeis, expropriá-los do que eles têm de melhor. "Se um pessoa for perseverante, mesmo que seja dura de entendimento, se fará inteligente; e mesmo que seja fraca, se tornará forte".13
A manobra de seqüestrar Leonardo da Vinci com impunidade absoluta, para vender ficção paupérrima, com filmes, livros, conferências ou púlpitos de todo gênero, contém, entre outras, a idéia de que se aproxima o fim do mundo (o mundo deles), contém, entre outras, a idéia de que todavia existem chaves secretas para a própria sobrevivência, que alguém possui o segredo, em algum lugar, e que todos dependemos disso. Que os ajudemos a salvá-lo. Mas a realidade é que aquilo que chega ao fim, neste estado miserável de crime e deboche, de barbárie e miséria criadas por uma classe particular e por um sistema sócio-econômico, o capitalismo, que alcança seus limites finais desesperado e degradado. Não cantemos vitórias não alcançadas, porém, já se vê em todo o mundo um mal estar que bem pode, dessa vez, passar a ser um que se converta em revolução com um plano de todos, feito por todos. E os códigos desse plano não são, nem serão, segredo algum.
1 Frase atribuída a Leonardo da Vinci: http://www.elrelojdesol.com/leonardo-da-vinci/citas/la-vida-03.htm
2 "...oferecendo seus serviços a Ludovico Sforza, Duque de Milão; tinha ido a Milão como embaixador de Florença, dentro do plano dos Médicis de difusão da arte florentina como motivo de prestígio e instrumento de propaganda cultural. Em Milão, esteve durante 17 anos, trabalhando em variados projetos de todo tipo, tanto artísticos como científicos, nos quais o desejo de experimentar era seu principal objetivo. Isso não lhe impedia de realizar encargos ocasionais para Florença, que freqüentemente deixava inacabados. Depois da invasão de Milão pelas tropas francesas, regressa a Florença para trabalhar como engenheiro militar. Nesses anos, realizou múltiplas dissecações, melhorando e aperfeiçoando o seu conhecimento de anatomia. Em Florença, recebeu o encargo de decorar uma sala da Câmara do Conselho, que nunca acabou. Em 1506 voltou a Milão e, no ano seguinte, entrou a serviço de Luís XIII da França, para quem trabalhou como pintor e engenheiro. Entre 1513 e 1516 está em Roma, porém consciente de que não pode competir com Michelangelo aceita o convite de Francisco I da França e se transfere para lá, falecendo no castelo de Cloux, perto de Amboise, em 1519."
http://www.artehistoria.com/frames.htm?http://www.artehistoria.com/genios/pintores/2516.htm
3 "...Leonardo representou uma ruptura com os modelos universais estabelecidos durante o Quattrocento (séc. XV). Se opôs ao conceito de "beleza" ideal, defendendo a imitação da natureza com fidelidade, sem procurar melhorá-la. E assim contempla a feiúra e o grotesco, como em seus desenhos de personagens disformes e cômicos, considerados as primeiras caricaturas da história da arte. Seu domínio da cor e da atmosfera fazem dele, também, o primeiro a ser capaz de pintar o ar. A perspectiva aérea ou atmosférica, como hoje se conhece, é uma característica inconfundível de sua obra, em especial das paisagens. Leonardo foi o primeiro a considerar que a distância se enchia com ar e que este fazia com que os objetos distantes perdessem nitidez e se vissem azulados. Viveu em uma época na qual o humanismo e o estudo dos clássicos estavam em plena vigência; contudo, parece que teve dificuldades procurando aprender o latim e o grego, os idiomas cultos e chave de acesso à cultura filosófica neoplatônica que dominava na Itália e em parte da Europa. Leonardo escreveu a maior parte de seus escritos em toscano, um dialeto florentino. Mas escrevia ao reverso, como se visto por um espelho. A obra pictórica de Leonardo é muito escassa e discutida. Uma característica do artista foi o abandono sistemático dos projetos de que se tornava encarregado, apesar das muitas medidas que tomaram os clientes mediante contratos, cláusulas, etc. Ele mesmo não se definia como pintor, mas como engenheiro e arquiteto, inclusive como escultor.... Leonardo, que era homossexual, sofreu per seguição por esse fato e esteve a ponto de ter que enfrentar a Inquisição... "
4 Frase atribuída a Leonardo da Vinci: http://www.elrelojdesol.com/leonardo-da-vinci/citas/la-vida-01.htm
5 http://servicios.lasprovincias.es/valencia/pg060421/prensa/noticias/CValenciana/200604/21/VAL-CVA-125.html
6 O código Da Vinci divide os hierarcas católicos: http://www.jornada.unam.mx/2006/05/12/a09n1esp.php
7 http://www.danbrown.com/
8 Ted Grant e Alan Woods: http://www.engels.org/libros/razon/raz_4_17.htm
9 Ted Grant e Alan Woods: http://www.engels.org/libros/razon/raz_1_2.htm
10 Frase atribuída a Leonardo da Vinci: http://www.elrelojdesol.com/leonardo-da-vinci/citas/la-vida-04.htm
11 http://venezuela.elmilitante.org/index.asp?id=muestra&id_art=2471
12 http://www.elcodigodavinci.com/
13 Frase atribuída a Leonardo da Vinci: http://www.frasedehoy.com/call.php?file=autor_mostrar&autor_id=609
8-05-2006 Algunas verdades sobre el "Código da Vinci": Mentid y filmad que algo queda (en las cuentas bancarias) Código da Vinci ¡Por las barbas de Leonardo! Fernando Buen Abad Domínguez Rebelión/Fundación Federico Engels "Quien piensa poco, yerra mucho1". Leonardo hubiera reído a carcajada batiente. No entendería eso de un thriller en el Museo del Louvre, gozaría con la existencia de una hermandad secreta "Opus Dei", el nexo con Jesucristo y el Santo Grial.... Leonardo da Vinci se hubiera meado de risa (¿si?) con la lectura posmoderna de un grupo de negociantes editoriales que inyectaron opio mediático (con placer burgués exquisito de "cultos" y "progres") a los símbolos de sus cuadros y se pusieron, con eso, a vender libros como locos. Y luego de reír a carcajadas montaría en cólera multiplicada por más de 30 millones de ejemplares (más los piratas) traducidos a 30 idiomas, al menos, con semanas y más semanas en el "Top"de las listas de libros más vendidos "all over the world". Ni Leonardo, que no pocas veces se devanaba los sesos para vender proyectos a los poderosos2, hubiera imaginado las argucias que desarrollaría el capitalismo. La moral de la impunidad mercantil se pasea oronda disfrazada de "cultura". Leonardo, que no tiene culpa, no se merece semejante trato, el "arte" del Código de Brown no está en lo escrito, ni en su ingenio ni en su erudición, el arte de este libro está en la manera de venderlo. Ninguno de los acertijos eruditos con que el autor juega tiene la menor importancia o utilidad. Inventa un oscurantismo ligth pensado para las vidrieras y los supermercados al alcance de lectores contentados con quedarse afuera creyendo a fe ciega en los dichos, con apariencia sabihonda, que el autor pergeñó, para crearle tonos míticos a un texto francamente pueril escrito para entretener incautos. Eso de la "Sección Áurea" que se mueve sola, los números mágicos, los neo hallazgos de las pirámides de Egipto... la mano del muerto, es bisutería ilustrada para darle brillo a la ignorancia de lectores ávidos de misticismo chocarrero. Santo Grial del marketing. En ningún sentido la obra de Leonardo es esa baladronada vulgar de hipótesis trasnochadas con que Brown se adueña de un halo iniciático y paranoico. Vista en su contexto histórico, político y de clase, la obra de Leonardo, gústenos o no, abunda en apuntes de índole muy diversa propios de una mente indagadora en plena prehistoria del pensamiento científico. Más de una especulación de Leonardo, por su método y sus vicios ideológicos, le condujo a intuiciones de todo tipo sobre reverbverancias cósmicas o divinas en la tierra, muchas otras lo pusieron de frente a la más cruda y concreta realidad de la materia y el enjambre de sus disquisiciones no es sino el paisaje de la mente brillante de Leonardo en una época de transición bajo los primero rayos de la razón científica que, más tarde, no sin contradicciones y abusos, reinaría hasta el presente. Leonardo da Vinci, mezcla de artista y científico... como muchos. Pero este no cobra regalías ni derechos de autor... lo entendió bien la industria ahora fílmico-editorial y se aprovecha de eso. Brown no tiene intención literaria. Juega de manera simplona con la noción de "secreto" sectario como coartada que seduce a intereses y morbo s variopintos. No importa si fija sus escenarios en una capilla en Escocia en 1446, el edifico multimillonario del Opus Dei o si usa los pasillos del Louvre como alusión a la Casa Blanca... lo importante es que sea rentable una historia plagada de "caballeros", como los Templarios, que entregan la vida por el Santo Grial, sea tal un secreto de Estado, de empresa o de partido político... en Wall Steet o en la oficina de Dick Cheiny. La venta del libro hizo florecer una lista interminable de coartadas turísticas, souvenirs, ediciones de lujo tipo Biblia, conferencias, cursos, reuniones y congresos televisivos que se plagaron instantáneamente con especialistas al vapor que afilaron en la víspera la espada de su sentido común más ilustrado. Y siguen lucrando. Con su tono de ficción más o menos anti-católica, pero no demasiado mister, el Código Da Vinci es un éxito de la cultura de masas. Una aventura simplona, con pasajes inverosímiles, que envuelve con el celofán de misterio la ignorancia de muchos lectores dispuestos sucumbir a-críticamente ante cualquier simbología secreta en la pintura de Leonardo Da Vinci, en las muelas de la Gioconda o en las baldosas de San Pedro. Todo a pesar de Leonardo que no sentía gran interés por agregar al mundo deformaciones místicas3 ni siquiera en su vida sexual. "Quien de verdad sabe de qué hablar, no encuentra razones para levantar la voz"4. Hay un toque de ficción irreverente que en tono documental produce efectos perturbadores en lectores poco informados... táctica muy marquetinera y también muy medida esa de revelar que, Jesús, Dios, tuvo vida sexual con María Magdalena y que tal, produjo hijos, portadores de su sangre, son el Santo Grial... y de ahí sectas y mas sectas para todos los gustos y para justificar cualquier estratagema expropiadora del poder social. En ese marco toda fantasía es posible y pobre, la realidad ha superado cualquier delirio literario... Jesús y María, hombre y mujer, puestos en trance de goce genital, facilita el espanto del burgués más pedófilo. En México la derecha más reaccionaria anda ofendida con el Código de Brown, mientras no deja de financiar a las mafias pedófilas asociadas con gobernadores preciosos. Se desgarran las vestiduras y la hipocresía protagoniza desmayos magníficos, llenos de indignación, justo antes de pasar las publicidades... la misma burguesía autora y cómplice de la explotación y el saqueo, la misma burguesía que reprime trabajadores y es causa de injusticias atroces, emigraciones masivas, enfermedades curables, desnutrición, ignorancia... barbarie, pues; esa misma burguesía se debate ofendida por el uso que Cristo le dio al pito entre las piernas de Magdalena, según Brown, claro. La burguesía que quiere esconder las revistas5 porno en Valencia, España, para que el Papa no las mire a su paso. Y con sus ideas lustrosas y sus sacrosantos intelectuales orgánicos, la burguesía adorna el cepo místico de una novela que casi nadie entiende a fondo pero donde pretenden atrapar la conciencia a de los lectores, igual que hacen con la tele. Sólo que esta vez quienes se lucen son los eruditos con su "inmaculada concepción" del arte literario y su, no poco sospechosa, abundancia de conocimientos improbables e imposibles de probar. No se salvan ni las barbas de Leonardo. "El cardenal Francis Arinze, prefecto de la Congregación del Culto, exhortó a los cristianos a utilizar todos los ´ medios legales ´ para impedir la distribución de la película. ´ Los cristianos no pueden quedarse con los brazos cruzados diciéndose 'debemos perdonar y olvidar'. Hay muchos medios legales para que sea respetado el derecho a la fe ´, dijo"6. La Iglesia Católica es tratada con simplismos bobalicones como sise tratara de un tablero de damas maniqueo donde sólo se mueven fichas negras y blancas. De la lucha de clases de su influencia en el renacimiento, de la base económica y material de los pueblos... dieta pura. Dan Brown, declara: "todas las descripciones de arte, arquitectura, documentos y rituales secretos en esta novela son fidedignas". Y hasta en eso hay debilidades sin fin. Licencias de escritor, habrá pensado. Y no son pocos los diarios, folletines, periodistas que aplauden el "rigor" y el método de semejante trabajo histórico. Los misterios de la religión y los enigmas del arte son un pasto de lectores que han probado su mansedumbre y su alienación desde hace muchas novelas de tono similar. Dan Brown escribe con la pasión y la erudición de un crucigrama. Su contribución al conocimiento de esas zonas secretas leonardinas sólo requiere la ayuda de un buen diccionario para rellenar cuadritos ociosos de una erudición tediosa, ficticia e inútil. Nada de eso reprochable si fuese un juego abierto, una jugada de la ficción, si quedase claro, si no se camuflara y sirviera de engaño. Dan Brown7 se anuncia como investigador sobresaliente y ni una palabra sobre la ficción en la novela, la construcción del imaginario, la fantasía libre... nada se menciona que pueda ensombrecer la táctica rentable de pararse en la frontera de lo ambiguo... si parece "real" el público paga más. Es el negocio de vender libros pseudo históricos sobre mitos y secretos de la Iglesia, los evangelios, el cristianismo, las verijas de las diosas... especie de calentura new age para consumo de lo mágico. El cristianismo jamás ha sido el tipo de organización que la novela ideó para hacer funcionar sus tesis, la verdad es otra. ¿Habrá tenido Jesús hijos con María Magdalena, hay descendencia, qué ventajas obtiene la Iglesia católica por mantener oculta semejante verdad? Pero en problema mayor de esta novela no radica en su ya dudosa riqueza histórica, sino en su reivindicación de "lo secreto", "lo oculto", las teorías conspiratorias, las relaciones ocultas entre la red financiera mundial y la Iglesia Católica vía Opus Dei. María Magdalena esconde en su sexo con Jesús, los secretos de una serie de depósitos bancarios que se diluyen como un espíritu viviente en el reino de los cielos financieros. Se hace pasar el placer sexual de Cristo como un rito de fertilidad signo de los tiempos, que en realidad sólo es un rito de acumulación capitalista, muy rentable, en una historia muy pobre. Su desenlace es previsible. Leonardo termina siendo victima de una conspiración mercantil que se aprovecha ahora de su trabajo para sacar renta de una obra cara a la cultura y al desarrollo humano. Especie de privatización del patrimonio cultural de la humanidad. Una vez más se explota el trabajo de otro en benéfico de unos vivos que controlan medios y modos de producción material, y de imaginarios, al antojo alienante de las leyes del mercado. El aporte de la moral hegemónica es rotundo: nada te detenga a la hora de idear negocios, no hay límite que valga. Dios, Cristo, Leonardo la Virgen María, la Santísima Trinidad... distorsionemos todo, degeneremos todo, escribe, filma... miente que algo quedará (en las cuentas bancarias). "Una de las principales características de los grandes científicos del Renacimiento era que eran seres humanos completos. Tuvieron un desarrollo completo que permitió, por ejemplo, a Leonardo da Vinci ser un gran ingeniero, matemático y mecánico, y al mismo tiempo un gran artista y un genio. Lo mismo con Durero, Maquiavelo, Lutero y muchos otros, de los que Engels escribió:"Los héroes de esos tiempos no se encontraban aherrojados todavía por la división del trabajo, cuyos efectos limitativos, con su producción de unilateralidad, vemos tan a menudo en sus sucesores". La división del trabajo, por supuesto, juega un papel necesario en el desarrollo de las fuerzas productivas. Sin embargo, bajo el capitalismo, ha sido llevada hasta tal extremo que se empieza a convertir en su contrario8". Leonardo termina convertido una marca "marca" mercantil, una usurpación del trabajo a quemarropa de monopolios, que queda adherida al apellido Brown y al affaire mediático de los payasos oportunistas que siempre saben invertir en todo lo que movilice a negociar con la ignorancia, bajo el proteccionismo gubernamental, en todas partes. Leonardo es una víctima pero no es la única. Detrás, junto, arriba... quedan aquellos que, por una razón u otra, jamás supieron quién fue Leonardo, que papel jugó y juega en la historia y viceversa. Quedan atrapados quienes incluso con buena fe, depositan su confianza, y su dinero, en los dichos y hechos del autor y sus padrinos. Queda un remanente de lectores, y de no lectores, algunos cinéfilos, acaso, con un imaginario desprotegido donde de ahora en adelante habrán de librar luchas semióticas muy desiguales para poder neutralizar el virus farandulero con que se infectan períodos cruciales de la Historia de las luchas humanas. "La ciencia resurgió triunfante en el período del Renacimiento. Fue obligada a llevar a cabo una batalla feroz contra la influencia de la religión (por cierto, no sólo la católica, sino también la protestante). Muchos mártires pagaron con su vida el precio de la libertad científica. Giordano Bruno fue quemado vivo. La Inquisición juzgó a Galileo dos veces, obligándole a renunciar a sus opiniones bajo amenaza de tortura. La tendencia filosófica dominante del Renacimiento fue el materialismo. En Inglaterra, éste tomó la forma del empirismo, que afirma que todo conocimiento es derivado de los sentidos. Los pioneros de esta escuela eran Francis Bacon (1561-1626), Thomas Hobbes (1588-1679) y John Locke (1632-1704). La escuela materialista emigró de Inglaterra a Francia donde adquirió un contenido revolucionario. En manos de Diderot, Rousseau, Holbach y Helvetius, la filosofía se convirtió en un instrumento para criticar la sociedad existente en su conjunto. Estos grandes pensadores prepararon el camino del derrumbamiento revolucionario de la monarquía feudal en 1789-939." Pero queda sobre todo el desafío de evitar que el discurso de lo "oculto", lo "camuflado" o lo "soterrado" impida ver que el motor verdadero de la Historia no son los "grandes hombres" (o mujeres) con biografías misteriosas u ocultas. Eso implica una regresión a las visiones idealistas y subjetivas. Se trata de un desafió donde debemos reiterar que de nada sirve una mirada sentimental o mística de la Historia por más que la moralidad hegemónica quiera imponernos semejante ideología, con novelas o películas en el mercado. Nos queda, pues, la tarea de comprender la Historia sin los elementos moralistas que conlleva el Código Da Vinci, con su moralidad contradictoria que traiciona al propio Leonardo". La moral y a moraleja de la novela y la película sólo tienen sentido en el marco del capitalismo y sus crisis actuales. Aprovechemos para explicarlo. "Quien no castiga el mal ordena que se haga"10. No traicionemos a Leonardo ni a la herencia que nos legan las mejores luchas humanas. El espíritu renacentista de Leonardo simboliza una tendencia muy poderosa de lucha a favor de abrir las mentes humanas hacia posibilidades científicas infinitas. No dejemos que nos lo roben. Leonardo soñaba con borrar los límites a la cultura humana e incrementar su dominio sobre la naturaleza y la historia. Desde el renacimiento el pensamiento comenzó a verificar los beneficios y la riqueza del análisis crítico. Hubo no pocas luchas para enfrentar a las mentes más oscuras, conservadoras y sectarias... hubo luchas importantísimas para superar los axiomas más viejos que ofrecían como incognoscibles para los humanos comunes, hubo luchas herías contra las verdades eternas en las manos efímeras de los "iluminados". El Código da Vinci, en su versión celuloide o en su versión papel, niega la existencia de las leyes del desarrollo social, aborda la historia desde un punto de vista subjetivo y moralista, traiciona la visión científica de Leonardo y termina pintándolo como un sacerdote. Esta obra es un sermón que distorsiona toda visión racional de los hechos, plaga la realidad con tendencias oscurantistas, reivindicándolas. Omite las mejores transiciones de un sistema social a otro y sepulta la verdad de las fuerzas motrices fundamentales que determinan estas transiciones: La lucha de clases. Esta es su tarea más importante, enturbiar y soterrar lo único que nos ha permitido alcanzar una concepción científica de la historia. No olvidemos el gran paso científico que se produjo en el Renacimiento con la separación de la ciencia de la religión, no olvidemos que comenzó ahí una etapa del pensamiento armado con la observación y el experimento, partiendo del mundo real material, para volver a él y no a los dioses ni a los fantasmas. Eso costó mucha sangre. El Código mercantil de Brown es una regresión en forma de película o libro. No olvidemos que la Historia de la iglesia es una agenda sin paralelo de infamia y crimen, por los cuales hasta el propio Papa tuvo que pedir perdón. El Código de Brown resume un Historia plagada de mitos hipócritas. Brown no podrá, como parece, comprar alguna de las indulgencias que ya en 1517 el Papa León X publicó en la Taxa Camarae para salvar almas11. Leonardo da Vinci no se merece este trato. No se trata de no ver o no leer12, se trata de ver y leer críticamente, siempre. No traicionemos a Leonardo haciéndonos cómplices de un affaire retrógrado el destila ese pesimismo burgués que quiere hundirnos con él en su sopor de inestabilidad, incertidumbre, depresión y miedo ante el futuro que les hará pagar todas su tropelías. No derramaremos ni una lágrima la crisis es de ellos. Sólo organicémonos como clase, abramos sus libros de contabilidad, expropiémosles lo mejor que tengan. "Si una persona es perseverante, aunque sea dura de entendimiento, se hará inteligente; y aunque sea débil se transformará en fuerte13". La maniobra de secuestrar a Leonardo da Vinci con impunidad absoluta, para vender ficción paupérrima, con películas, libros, conferencias o púlpitos de todo género, contiene, entre otras, la idea de que se aproxima el fin del mundo (su mundo), contiene, entre otras, la idea de que todavía existen claves secretas para su supervivencia, que alguien posee el secreto, en algún lugar y que todos dependemos de eso. Que les ayudemos a salvarlo. Pero la realidad es que lo que llega a su fin es este estado miserable de crimen y burla, de barbarie y miseria creadas por una clase particular y un sistema socioeconómico, el capitalismo, que alcanza sus límites finales desesperado y envilecido. No cantamos victorias no alcanzadas pero ya se ve en todo el mundo un malestar que bien puede, esta vez, pasar a ser uno que se convierta en revolución con un plan de todos, hecho por todos. Y los códigos de ese plan no son, ni serán, secreto alguno. 1 Frase atribuída a Leonardo da Vinci: http://www.elrelojdesol.com/leonardo-da-vinci/citas/la-vida-03.htm 2 "...ofreciendo sus servicios a Ludovico Sforza, Duque de Milán; había marchado a Milán como embajador de Florencia, dentro del plan de los Medici de difusión del arte florentino como motivo de prestigio e instrumento de propaganda cultural. En Milán estuvo durante 17 años, trabajando en variados proyectos de todo tipo, tanto artísticos como científicos, en los que el deseo de experimentar era su principal objetivo. Esto no le impedía realizar encargos ocasionales para Florencia, que frecuentemente dejaba inacabados. Tras la invasión de Milán por las tropas francesas, regresa a Florencia para trabajar como ingeniero militar. Por estos años realizó múltiples disecciones, mejorando y perfeccionando su conocimiento de la anatomía. En Florencia recibió el encargo de decorar una sala de la Cámara del Consejo, que nunca acabó. En 1506 regresó a Milán y al año siguiente entró al servicio de Luis XIII de Francia, para quien trabajó como pintor e ingeniero. Entre 1513 y 1516 está en Roma, pero consciente de que no puede competir con Miguel Ángel acepta la invitación de Francisco I de Francia y se traslada allí, falleciendo en el castillo de Cloux, cerca de Amboise, en 1519." http://www.artehistoria.com/frames.htm?http://www.artehistoria.com/genios/pintores/2516.htm 3 "...Leonardo representó una ruptura con los modelos universales establecidos durante el Quattrocento. Se opuso al concepto de "belleza" ideal, defendiendo la imitación de la naturaleza con fidelidad, sin tratar de mejorarla. Y así contempla la fealdad y lo grotesco, como en sus dibujos de personajes deformes y cómicos, considerados las primeras caricaturas de la historia del arte. Su dominio del color y la atmósfera le hace también el primero en ser capaz de pintar el aire. La perspectiva aérea o atmosférica, como hoy se conoce, es una característica inconfundible de su obra, en especial de los paisajes. Leonardo fue el primero en considerar que la distancia se llenaba con aire y que éste hacía que los objetos lejanos perdiesen nitidez y se viesen azulados. Vivió en una época en la que el humanismo y el estudio de los clásicos estaban de plena vigencia; sin embargo, parece que tuvo dificultades intentando aprender latín y griego, los idiomas cultos y la llave de acceso a la cultura filosófica neoplatónica que dominaba Italia y parte de Europa. Leonardo escribió la mayor parte de sus escritos en toscano, un dialecto florentino. Pero escribía al revés, como visto por un espejo. La obra pictórica de Leonardo es muy escasa y discutida. El signo del artista fue el abandono sistemático de los proyectos que se le encargaban, por muchas medidas que tomaran los clientes mediante contratos, cláusulas, etc. Él mismo no se definía como pintor, sino como ingeniero y arquitecto, incluso como escultor.... Leonardo que era homosexual, sufrió persecución por este hecho y estuvo a punto de enfrentarse a la Inquisición..." 4 Frase atribuída a Leonardo da Vinci: http://www.elrelojdesol.com/leonardo-da-vinci/citas/la-vida-01.htm 5 http://servicios.lasprovincias.es/valencia/pg060421/prensa/noticias/CValenciana/200604/21/VAL-CVA-125.html 6 El código Da Vinci divide a jerarcas católicos: http://www.jornada.unam.mx/2006/05/12/a09n1esp.php 7 http://www.danbrown.com/ 8 Ted Grant e Alan Woods: http://www.engels.org/libros/razon/raz_4_17.htm
9 Ted Grant e Alan Woods: http://www.engels.org/libros/razon/raz_1_2.htm
10 Frase atribuída a Leonardo da Vinci: http://www.elrelojdesol.com/leonardo-da-vinci/citas/la-vida-04.htm 11 http://venezuela.elmilitante.org/index.asp?id=muestra&id_art=2471 12 http://www.elcodigodavinci.com/ 13 Frase atribuída a Leonardo da Vinci: http://www.frasedehoy.com/call.php?file=autor_mostrar&autor_id=609
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