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IMPUNIDADE O que fizemos para merecer tudo isso? |
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Irmã
Sherine, OP Testemunho dado durante o III Fórum Social Mundial, em Porto Alegre Tradução
Imediata |
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Irmã Sherine durante entrevista coletiva no III FSM. FOTO: Ag.Imediata
Para dar uma idéia da situação, gostaria de explicar brevemente quais eram as condições no Iraque antes das sanções e da Guerra do Golfo. Como vocês devem saber pela História, o Iraque é uma civilização muito antiga. É o local de nascimento de Abraão, que é o ancestral comum do Judaísmo, Cristianismo e Islã. Antes que a atual agressão começasse, o Iraque era uma nação próspera e desenvolvida. O país oferecia e ainda oferece educação pública gratuita do primário até o nível universitário. E, no passado, apresentava o maior índice de alfabetização para as mulheres de todo o Oriente Médio. Saúde pública gratuita e médicos profissionais qualificados fizeram do país o principal centro médico da região. A nação era diversificada, tanto em termos éticos quanto culturais, com uma sociedade relativamente aberta e tolerante, geralmente respeitosa da diversidade religiosa e cultural. Tinha uma infra-estrutura bastante adequada, incluindo estações de tratamento de água sofisticadas e serviços de saneamento, além de uma rede decente de eletricidade e comunicações. A influência das Sanções Econômicas Em função de tudo isso, as sanções são uma tragédia sem paralelos em toda a história humana. Podemos ouvir a mesma pergunta ser pronunciada dos lábios de todos os iraquianos (crianças, mulheres, jovens e idosos). O que fizemos para merecer tudo isso? O Iraque era um país tão próspero, mas agora seu povo está sofrendo a fome e a inanição! Será que isso é justo e aceitável? Onde quer que se vá, pode-se ouvir os iraquianos afirmar: "As Sanções das Nações Unidas estão nos matando!" a.O nosso povo iraquiano está passando por gravíssimas dificuldades desde a Guerra do Golfo, pelos efeitos debilitantes e devastadores dos 12 anos de sanções econômicas impostas ao Iraque pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.As sanções resultaram em terríveis sofrimentos de todas as ordens: físicos, intelectuais, morais e culturais, para milhões de pessoas. O país, que era próspero e abrigava a segunda maior reserva mundial de petróleo foi sistematicamente desconstruído, destruído, e reduzido a nada. As restrições comerciais e para importação são um fortíssimo golpe aos iraquianos, particularmente às crianças, aos idosos e aos inválidos. Elas destruíram a habilidade do Iraque de suprir as necessidades básicas de vida ao seu povo. Se você visitar o Iraque, você imediatamente testemunhará a destruição do seu povo, sua cultura, sua terra e a deterioração das condições de vida. As sanções mataram mais de 1,5 milhões de iraquianos, a maioria deles mulheres e crianças, devido à terrível falta de remédios e alimentos, à contaminação da água potável, à poluição do ambiente, e à deficiência no teor nutritivo dos alimentos, tanto em termos da qualidade quanto da quantidade que determina a própria possibilidade de sobrevivência das pessoas. Isso resultou em crianças com peso muito abaixo da média, mães com anemia, fornecimento de suprimentos médicos inadequados e o isolamento do país e de seu povo do resto do mundo. b.Nossas crianças são mantidas como reféns para todo tipo de doenças, facilmente curáveis por antibióticos comuns e uma dieta saudável, mas que nos são inacessíveis, Além disso, a taxa de crescimento natural de 23%, para o total de crianças iraquianas, simplesmente parou e essa taxa era o dobro, antes da guerra do Golfo. O número de crianças abaixo de cinco anos que morrem a cada mês é de aproximadamente 6.500. A média de mortalidade para crianças entre os 5-12 anos aumentou de 18.000 para 80.000. A mortalidade infantil verificou um aumento de 6 vezes, desde 1990. Em consequência disso, as taxas de mortalidade infantil no Iraque estão entre as mais altas do mundo. Isso levará à destruição completa de toda uma nova geração. Mais de 6 milhões de iraquianos (ou seja, cerca de um terço da população total) está passando fome. Os idosos estão sofrendo de doenças crônicas, tais como pressão alta, diabetes e problemas cardíacos. Eles não têm acesso aos remédios para aliviá-los de seus problemas de saúde. c. As chamadas no-fly zones (zonas com interdição ou exclusão de vôo), impostas ilegalmente no norte e no sul criam desafios para que se possa viajar no país. Embora exista um número limitado de vôos comerciais entre as principais cidades do país, a maioria das pessoas que precisa viajar deve fazê-lo através das areias do deserto e enfrentando as inimagináveis barreiras de sanções. d. O que dói muito é que o impacto das sanções não está confinado só a todo o tipo de escassez material. O impacto é ainda maior sobre os valores, os hábitos e a psique de uma inteira sociedade. Crimes como assassinatos, roubos, sequestros e prostituição estão aumentando.
A Saúde O setor da saúde no Iraque, antigamente considerado exemplar, está próximo de entrar em colapso, depois de 12 anos de sanções extremamente debilitantes. Embora tenha havido uma certa melhora na disponibilidade de remédios e equipamento médico básico, os governos dos EUA e da Inglaterra empregam, frequentemente, seu direito de bloquear os pedidos de produtos, enquanto determinam a validade dos mesmos. Consequentemente, essas mercadorias, embora tecnicamente permitidas, com frequência não estão disponíveis quando necessárias. A enorme destruição da infra-estrutura e da economia do Iraque tem uma clara influência no desempenho do sistema hospitalar e da saúde. Os hospitais carecem de serviços e necessidades básicas, como anestésicos, esterilização, manutenção necessária, iluminação e água potável. Como podem funcionar os hospitais sem água limpa, sem bancos de sangue, sem laboratórios bem equipados, raios-x, instrumentos médicos e salas cirúrgicas em má condição? Como podem os bancos de sangue, os laboratórios, o raios-x, o equipamento médico funcionar sem geradores elétricos e partes de reserva? Como resultado, a capacidade dos hospitais iraquianos foi reduzida de 30%. As equipes médicas dos hospitais enfrentam uma grande insuficiência de oxigênio, o que força os médicos a colocarem mais de uma criança na mesma incubadora, e mais de um paciente compartilha o mesmo cilindro de oxigênio. Além disso, os hospitais não podem providenciar alimentos para um grande número de pacientes, de modo que as famílias dos hospitalizados precisam trazer a comida para os mesmos. Muitas mulheres grávidas chegam à maternidade para o parto com tapetes totalmente gastos para cobrir os bebês, e os empregados do hospital acabam sendo forçados a rasgar os lençóis para poder cobrir os recém-nascidos. Os cirurgiões são forçados a usar as mesmas luvas esterilizadas várias vezes, porque elas não estão disponíveis. Alguns dias antes de ir à Jordânia, visitei uma amiga que foi também uma ex-aluna minha. Ela é responsável pela Unidade de Leucemia, e me disse que estava desolada vendo s mães soluçarem à beira da cama de seus filhos. Ela deu ênfase ao fato de que a maioria dos pacientes morre devido à falta de remédios. Alguns pacientes recebem somente a metade da dose de medicamento requerida. Às vezes, os pacientes recebem um tipo de remédio que nada tem a ver com sua doença, na tentativa de aliviar uma dor severa ou seus prantos de sofrimento. Pode-se escutar a desolação das equipes médicas que não podem ministrar antibióticos fundamentais ao combate de doenças contagiosas que provêm da água, e que atacam o povo iraquiano, especialmente as crianças e as mulheres grávidas, tais como: a anemia, a febre tifóide, a diarréia, o pólio e o sarampo. A maioria dos iraquianos sofre de doenças que poderiam ser facilmente tratadas antes da guerra do Golfo e do embargo. O bombeamento de água diminuiu aos níveis mínimos, mesmo em Bagdá, a capital do Iraque, devido à redução da força de bombeamento. Antes da guerra do Golfo, 95% da população do Iraque podia, facilmente, obter água limpa e potável. Agora, tem havido uma ligeira melhora na disponibilidade de água, mas nada que se possa comparar aos níveis anteriores à Guerra. O embargo levou ao isolamento intelectual da comunidade científica e médica iraquiana. Nossas equipes médicas se sentem isoladas porque todas as bolsas de estudo no exterior são negadas, as publicações médicas e científicas não estão disponíveis e nossos médicos não podem participar de conferências médicas ou científicas internacionais. Diretamente ligada à situação da saúde é a questão do sistema de esgotos inadequado, o qual foi fortemente danificado durante a guerra do Golfo, e ainda se encontra num estado de abandono devido à ausência de partes de reposição e manutenção. Quando a tubulação se racha, a água dos esgotos vaza dos bueiros porque as instalações para o tratamento dos esgotos não estão funcionando. Um dos desastres não divulgados da guerra do Golfo foi o uso de armas com urânio empobrecido. Os EUA e a Grã-Bretanha desenvolveram essas armas porque o urânio depauperado é um metal denso que pode perfurar tanques blindados. Sob impacto, o urânio se vaporiza e permanece no solo e na atmosfera. 320 toneladas de urânio empobrecido foram utilizadas no Iraque. O resultado é que as pessoas, em certas regiões do país, tem estado expostas a essa radioatividade por 12 anos. Há um alarmante aumento de leucemia, tumor do rim, câncer do pulmão e câncer do seio. Segundo um especialista iraquiano em câncer, um estudo da Universidade de Bagdá estima que 40% das pessoas na província de Basra morrerão de câncer, ou seja, 750.000 pessoas. Quanto à quimioterapia, os medicamentos são insuficientes até para as pessoas mais ricas que podem se dar ao luxo do tratamento. O equipamento para a terapia de radiação é extremamente pobre. Embora algumas das máquinas sejam muito velhas, elas ainda estão em funcionamento. Devido ao embargo, o governo não tem a permissão de importar máquinas mais modernas ou peças sobressalentes necessárias para os reparos. Os pacientes têm que esperar dois meses para poderem receber a terapia de radiação. Bombardeios Os aviões e mísseis destruíram a vida e os seus sistemas de suporte. Pode-se ver o rosto das crianças congelado de medo, enquanto as sirenes sinalizam o próximo bombardeio. A devastação causada pelos bombardeios é aparente em 80% das crianças de Bagdá que perderam seus pais e parentes durante a Guerra do Golfo. Aquelas que sobreviveram aos bombardeios estão muito carentes de cuidados especiais, tratamento psicológico intensivo e reabilitação, orientação e instruções de modo a permitir que possam voltar à vida normal e natural. Antes da guerra do Golfo e dos bombardeios dos EUA, cristãos e muçulmanos conviviam de maneira pacífica e amistosa. Eu era professora em uma escola privada. Os alunos eram cristãos e muçulmanos, e eles estudavam e brincavam juntos. As irmãs sempre foram respeitadas pelos alunos e seus pais, e merecedoras da confiança deles. As tensões religiosas existentes agora no Iraque são intensificadas pela instabilidade gerada pelas sanções e pelo crescente sentimento anti-ocidental na região. O cristianismo é associado com o Ocidente, e mais particularmente, com os Estados Unidos. Isso se traduz por um aumento das tensões nas relações entre muçulmanos e cristãos. Nós dominicanos temos experienciado um número crescente de incidentes de perseguição religiosa. Por duas vezes, a estátua de Maria, mãe de Jesus, foi coberta com uma hijab e abajah, como um modo de insultar os cristãos. Depois de uma missa numa igreja dominicana, os fiéis foram atacados. Dezesseis homens, mulheres e crianças foram feridos. Em função de nosso hábito religioso, como sinal de nosso compromisso, as irmãs podem ser facilmente identificadas, e já foram vítimas de abusos verbais e até mesmo de ameaças, especialmente as irmãs mais jovens que frequentam a universidade. O incidente mais sério envolveu uma irmã de setenta anos da Caldéia, brutalmente assassinada em seu convento, em Bagdá. Nada foi levado da casa, mas os objetos sagrados foram profanados. É importante observar que em cada um desses incidentes, o governo iraquiano defendeu devidamente a comunidade cristã ofendida. A situação da educação
A educação tem sido uma das grandes vítimas, sob o regime de sanções. A desnutrição resultante das sanções tem um grande efeito sobre a habilidade mental. Além disso, muitas famílias não mandam mais suas crianças para a escola, porque não podem comprar os livros e o material didático. Em consequência, o nível de alfabetização caiu de 90% para 50%. As crianças não vão para a escola para poderem ir mendigar nas ruas, vender jornais ou trabalhar como engraxates para ajudar suas famílias. Ao mesmo tempo, está havendo uma fuga de cérebros. Muitos especialistas, peritos, médicos especializados e pessoas de excelente formação educacional da classe média estão fazendo parte do processo de migração em massa. Simplesmente devido ao índice de desemprego de 70% e aos salários extremamente baixos. Nosso povo não tem a esperança de um futuro melhor. As sanções têm sido aplicadas por um período de tempo excessivamente longo e há uma impressão geral de que seja o que for que o Iraque fizer, as sanções nunca serão suspensas ou abrandadas. Nosso país era altamente estimado pelo seu sistema educacional avançado. Mas agora, nas nossas universidades, colégios e escolas faltam até mesmo os requisitos mais básicos, tais como equipamento de laboratório. Quando há algum disponível, as paradas no fornecimento de energia elétrica acabam de arruiná-los. A impressão de livros e revistas é quase impossível, seja devido à falta de papel que aos altos custos de impressão. É muito triste ver as salas de aula com as janelas quebradas, as rachaduras nos tetos, a falta de eletricidade, de assentos, de água e até mesmo a ausência de quadros-negros e giz. Muitos estudantes precisam de livros didáticos atualizados. A maioria das instituições foram vítimas de danos terríveis. Segundo a UNICEF, 540 escolas foram reparadas. Mas outras 5.000 precisam ser reparadas. Devido ao crescimento da população do Iraque, 40% da mesma tem menos de 15 anos, e o país precisa de 5.000 escolas adicionais. Depois da guerra do Golfo, um grande número de alunos e estudantes universitários tiveram que abandonar seus estudos. Embora a educação seja gratuita, o custo de roupas, livros e material didático é proibitivo. E eles precisam ajudar suas famílias a ganhar algum dinheiro para sobreviver, além das altas despesas incorridas com o transporte. Ao mesmo tempo, a educação superior não se traduz num reconhecimento monetário. Pessoas com mestrado e doutorado preferem trabalhar como motoristas de táxi, ou em hotéis e restaurantes. Não podemos importar nada que tenha relação com o processo de aprendizagem. A situação econômica Em 1981, viajei por um mês pela Europa com 400 Dinars iraquianos, e ainda sobrou algum dinheiro para comprar lembranças. Agora, um quilo de farinha no mercado negro custa 400 DI, um quilo de açúcar 600 DI, e um quilo de arroz 500 DI. Um quilo de carne custa 4.000 DI. Além disso, não se deve esquecer que os salários mensais diminuíram dramaticamente. Segundo uma organização humanitária européia que atua no Iraque, em 1988, antes de Guerra do Golfo, o salário mensal médio era de US $1.200. Depois da guerra, abaixou para $450. Agora, o salário médio é de US $4 por mês. Uma das consequências disso é que um grande número de menores sem-teto está trabalhando nas ruas. Antes da guerra do Golfo, a moeda iraquiana valia US$ 3. Hoje são necessários 2.500 D. iraquianos para se comprar US$ 1, e a moeda continua desvalorizando, com o perigo de uma guerra iminente. Eu gostaria de levantar uma outra questão crítica: 70% das pessoas no Iraque não tem dinheiro para comprar comida ou outras necessidades básicas. Portanto, as famílias da classe média não somente começaram a vender, como já venderam seus pertences: móveis, como geladeiras, televisores, vídeos, roupas e até mesmo seus livros, para poder fornecer comida a seus filhos. No momento, essas famílias não têm mais nada para vender, e por isso, são vítimas da pobreza e da fome. Os pesadelos da pobreza e da fome abriram uma ferida profunda no coração de cada iraquiano e esta ferida se torna maior a cada dia. A pobreza e a fome levam a assaltos, assassinatos, exploração, imigração forçada e à destruição das famílias iraquianas. Estamos sofrendo de fome e inanição, embora o Iraque seja um país de grandes riquezas e esteja flutuando num oceano de ouro negro. Nosso petróleo deveria ser uma bênção para o país e seu povo, mas tornou-se uma praga e uma fonte de sofrimento. A situação política A situação instável, os bombardeios e ameaças contínuos são o pesadelo que deixa o nosso povo preocupado e vivendo em pânico. Nossas crianças têm distúrbios durante o sono, e acordam chorando, repentinamente. A migração de jovens homens tem causado muitos problemas sociais. Entre esses, o mais urgente é o aumento do número de mulheres com relação ao número de homens, e esta proporção é de 8 mulheres para 1 homem. Assim, muitas jovens mulheres não se casam, abandonam sua religião e fogem com muçulmanos. Os jovens homens também são atraídos para o Islã, devido a problemas financeiros.
Agricultura Antes do embargo, o Iraque importava 70% de sementes, fertilizantes, equipamentos agrícolas e remédios veterinários. A agricultura está enfrentando muitos perigos nunca enfrentados pelo Iraque no passado. Centenas de milhares de ratos e camundongos invadiram seis governorados do Iraque e arruinaram a maioria das safras agrícolas que constituem a fonte principal de comida dos cidadãos iraquianos. Além disso, os EUA usaram armas biológicas. Segundo um relatório da Carita International para 2000, eles introduziram a larva da mosca lesma - Snail Worm Fly - no Iraque, causando grandes danos aos seres humanos e ao gado. A mosca espalhou-se em seis governorados do Iraque. Igualmente, em 1997, aviões dos EUA jogaram larvas de insetos que infestaram as palmeiras, matando muitas delas. Isso provocou um aumento no preço do quilo das tâmaras, de 50 DI a 1200 DI. Outro governorado no sul foi atacado por lagartas e aranhas estranhas que causaram grandes danos. Será que as sanções são impostas por motivos válidos? Será que as sanções atingem as pessoas certas? Será que as sanções alcançaram suas metas e objetivos? Será que o limite de duração das sanções é razoável? As sanções são genocídio. Elas destróem o povo do Iraque (especialmente as mulheres e crianças), assim como a cultura e a terra iraquianas. As consequências das sanções são piores que as consequências de todos os bombardeios que ocorreram durante a guerra. O embargo e as sanções econômicas nos privaram de nossos direitos de aprender e nos desenvolvermos. Elas não podem ser justificadas. Os inocentes, fracos e sem voz não deveriam ter que pagar pelos erros de que não são responsáveis. As sanções deveriam ser suspensas de modo que o país possa recuperar sua dignidade, verificar um desenvolvimento normal e estar na posição de restabelecer relações boas e frutíferas com os demais povos. Eu lanço um apelo a cada um dos presentes, aqui, para que pressionem os líderes mundiais, particularmente o Presidente Bush para suspenderem essas sanções destruidoras e impostas injustamente, e prevenir que o pesadelo de uma nova guerra continue assombrando as crianças, e mulheres iraquianas, assim como todos os inocentes e as pessoas vulneráveis do Iraque, para que elas possam recuperar sua dignidade. Nossas atividades Sob essas circunstâncias tão difíceis, será que a presença de 200 irmãs, irmãos e padres dominicanos e de 1.000 leigos quer dizer alguma coisa? Na qualidade de uma ordem baseada no Evangelho, pregamos a verdade, o amor, a esperança e a compaixão. Somos compelidos a compartilhar o sofrimento do nosso povo. Humildemente, confesso que fazemos isso apesar das duras circunstâncias que estamos atravessando. Nosso Carisma Dominicano nos permite ler os sinais de nossos tempos de uma maneira profética e ouvir os prantos de nosso povo com compaixão. Fazemos o possível para sermos o sinal de esperança para o povo, identificando suas necessidades mais urgentes e respondendo a elas repartindo o amor e a compaixão de Deus. Durante esses difíceis momentos nos esforçamos para estar com os pobres e para os pobres. Nossa congregação abriu dez centros de costura para oferecer cursos gratuitos de corte e costura e tricô, para as donas de casa e as jovens mulheres que não têm trabalho. Procuramos achar trabalho para os jovens homens para que reencontrem sua auto-estima. Devido à falta de esperança e às dificuldades que enfrentam os jovens, há um aumento evidente no número de jovens homens e mulheres que estão com depressão, temos que acompanhá-los e tentar aliviar seu desespero. Nossa congregação converteu dois de seus conventos em orfanatos, para cuidar dos órfãos e das jovens meninas vítimas de uma situação social muito dura. Também, convertemos outro convento em uma maternidade, oferecendo cuidados e um serviço distinto aos recém-nascidos e às jovens mães. Ensinar a religião a crianças de todas as idades. Algumas das irmãs ensinam cursos de teologia em Bagdá e em Mosul, ajudando na formação de outros educadores religiosos. Abrimos nossos centros educacionais para servir estudantes e outras pessoas que, de outro modo, não teriam acesso aos livros para leitura pessoal, pesquisa e material para escrever. A Família Dominicana Nós, irmãos e irmãs dominicanos do Iraque, expressamos nosso sincero agradecimento e gratidão a todos os irmãos e irmãs dominicanos, por todos os esforços e as ações que fizeram em nosso nome e em nome de nosso povo. Apreciamos profundamente suas calorosas preces e jejuns, isso certamente expulsará os demônios. Somos encorajados em nossos esforços pelos dominicanos em todo o mundo que nos apoiam com suas orações, jejum e solidariedade. Nossa esperança é de que nossos irmãos e irmãs dominicanos dobrarão seus esforços para dirigir o poder de nosso Carisma para o desespero e o isolamento do povo iraquiano. Eles precisam levar o pranto das crianças iraquianas a cada púlpito, paróquia, sala de aula e em qualquer lugar onde a Palavra de Deus despertar compaixão. Como dominicanos, a a Ordem dos Pregadores, profundamente arraigada no Evangelho e na pregação dos Direitos Humanos, somos compelidos a demandar o fim das sanções e do embargo contra o povo iraquiano, de modo a pôr um fim à angústia e à morte das crianças. Naquele momento, o mundo não ouvirá mais: "Estamos sofrendo". Será que isso é legal? É justo? É aceitável?
World Social
Forum January 27, 2003 Impunity
What have we done to deserve all this? Sister Sherine, Irak
In order to set the scene for you Id d like to briefly explain what were the conditions in Iraq before the sanctions and the Gulf War. As you may know from your history, Iraq is an ancient civilization. It is the traditional birthplace of Abraham, who is the common ancestor of Judaism, Christianity, and Islam. Before the current aggression began, Iraq was a developed and prosperous nation. It offered and stills offers universal free education through the university level. It once had the highest womens literacy rate in the Middle East. Universal free healthcare and qualified medical professionals made it a the premier medical center in the region. It was an ethnically and culturally diverse nation, relatively open and tolerant society, generally respectful of religious and cultural diversity. It had a quite adequate infrastructure including sophisticated water treatment and sanitation facilities and decent electrical and communication grids. The influence of the Economic Sanctions In light of all this, the sanctions are a tragedy which has never been equaled in the human history. You can hear this question from all Iraqis (children, women, the youth and elderly). What have we done to deserve all this? Iraq was such a prosperous country, but now its people are suffering from hunger and starvation! Is this fair and acceptable? Wherever you go, you will hear the Iraqis say, " The UN Sanctions are killing us!" a. Our Iraqi people are going through severe hardships since the Gulf War and currently from the devastating effects of the 12 - year crippling economic sanctions imposed on Iraq by the United Nations Security Council. The sanctions have resulted in great physical, intellectual, moral and cultural suffering for millions of people. The country which was a prosperous nation- home to the worlds second largest oil reserves- is systematically de-developed, de-skilled and reduced to nothing. The restrictions on trade and import are a heavy blow on Iraqis particularly the children, the elderly and the invalid. They have crippled Iraqs ability to provide the basic necessities of life for its people. If you visit Iraq, you will immediately witness the destruction of the people, their culture, their land and the deteriorating living conditions. The sanctions have killed more than 1.5 million Iraqis, most of them women and children, because of the severe shortage in medicines and food, the contaminated drinking water, polluted environment, inflation, low salaries, the crippled electric power supply, and the nutritionally deficient food ration in its quality and quantity that influences the very survival of the people. This has resulted in underweight babies, severely anemic mothers, inadequate medical supply and the isolation of the country and its people from the rest of the world. b. Our children are held as hostages to illnesses easily cured by inaccessible antibiotics and healthy nutritional diet. In addition to this the natural growth of 23% of the total children of Iraq had stopped and this is equal to twice of the percentage before the Gulf war. The number of children under five who die every month is about 6500. The average of the death of children between 5-12 has increased from 18.000 to 80.000. The level of childrens deaths has increased to (6 ) times since 1990. As a result the infants mortality rates in Iraq are among the highest in the world. This will lead to the destruction of the whole generation completely. More than 6 million Iraqis ( that is to say about one third of the population) are suffering from starvation. The old people suffer from chronic diseases such as high blood pressure, diabetes, and heart problems. They have no access to medicines to relieve these diseases. c. The illegally imposed no-fly zones in the north and south create challenges for travel in the country. While there are a limited number of commercial flights between major cities, most people must travel across desert sands and the formidable barriers of sanctions in order to travel. d. What hurts much is that sanctions impact is not confined to material shortages, but their impact is even greater on values and mores and the psyche of an entire society. Crimes like murders, stealing, kidnapping and prostitution are rising. Health The once exemplary Iraqi health sector is close to collapse after 12 years of crippling sanctions. While there has been some improvement in the availability of critical medicines and medical equipment, U.S. and British governments frequently employ their right to stop requests for goods while they determine their validity. As a result these goods while technically allowed, are often not available when they are needed. The enormous destruction of the Iraqi infrastructure of Iraqi economy has clear influence on the performance of the hospitals and health sectors. The hospitals lack basic needs such as anesthetics, sterilization, required maintenance, lighting, and fresh drinking water. How will hospitals function without clear water, blood banks, well-equipped labs, ex-rays, medical instruments and operation rooms in bad conditions? How can blood banks, laboratories, x- rays, medical equipment work without electric generators and spare parts? As a result the capacity of the Iraqi hospitals has dropped to 30%.? The staff in the hospitals confronts great insufficiency of Oxygen. This forces the doctors to put more than one infant in the same incubator and more than one patient share the same oxygen cylinder. In addition to this the hospitals are unable to provide food for the large number of patients; so their families are obliged to supply them with food. Many pregnant women come to maternity hospital for a delivery with completely worn out rugs to cover the baby, therefore the hospital staff is forced to tear the bed sheets in order to cover the newly born baby. The surgeons are forced to use the sterilized gloves for several times, because they are not available. Just a few days before I left for Jordan, I paid a visit to a friend of mine who is also my former pupil. She is in charge of the Leukemia Unit. She says she feels heart broken at the sight of mothers weeping at the bedsides of their dying children. She emphasized that most of the patients die because of the deficient medicines. The patient may be given half of the required chemical dose. Sometimes the patient might be given a sort of medicine that has nothing to do with her or his disease as an attempt to relieve her or his severe pain and stop her or his painful cries. You can listen to the broken hearted medical staff who is unable to secure antibiotics critical to combating the water borne contagious diseases striking the Iraqi people, especially children and the pregnant women such as: anemia, typhoid, diarrhea, polio, and measles. Most Iraqis are suffering from diseases they could easily be treated before the Gulf war and the embargo. The pumping of water has decreased to the minimum even in Baghdad, the capital of Iraq because of the reduction of the pumping power. Before the Gulf War 95% of the Iraqi population could easily get clean drinking water. There has been a slight improvement in the availability of water now, but no where near pre-Gulf War levels. The embargo led to intellectual isolation of the Iraqi scientific and medical community. Our medical staff feels isolated because the scholarships to study abroad are refused, scientific and medical periodicals are not available and our doctors cannot attend the international scientific or medical conferences. Closely linked to the health situation is the question of inadequate sewage facilities which were heavily damaged in the Gulf war, and they are still largely in the state of disrepair because of the lack of spare parts and maintenance. When the pipes are cracked sewage seeps from the ground because the sewage treatment plants are not functioning. One of the hidden disasters of the gulf War was the use of depleted uranium weapons. U.S. and Britain developed these weapons because the spent uranium is dense metal that can pierce armored tanks. On impact the uranium vaporizes and remains in the soil and atmosphere. 320 tons of depleted uranium were used in Iraq. The result is that people in certain regions of the country have been living a radioactive bath for 12 years. There is an alarming increase in leukemia, kidney tumor, lung cancer and breast cancer. According to na Iraqi cancer specialist a University of Baghdad study estimates that 40% of the people in Basrah province will die of cancer. That is 750,000 people. As far as Chemotherapy is concerned there are insufficient drugs available even for the rich people who can afford them. The radiation therapy equipment is very poor. Though some of the machines are very old, they are still working. Because of the embargo, the government is not allowed to import update machines or spare parts to repair the old ones. Patients have to wait for two months in order to get radiation therapy. Bombing The aircrafts and missiles destroyed life and life support system. You notice the childrens faces frozen in fear as the siren signals another bombing. The devastation of bombing is apparent from the 80 % of children in Baghdad who have lost their parents and relatives during the Gulf War. Those who have survived the bombing are in great need for special attention, intensive psychological care and rehabilitation, guidance and instructing to enable them to return to their normal and natural life. Before the Gulf war and the US bombing, Christians and Muslims were living peacefully and friendly together. I was teaching at a private school. Its pupils were Christians and Muslims studying, playing together and the sisters were the centre of respect and confidence of the pupils and their parents. Religious tensions that are now felt in Iraq are hightened by the instability caused by sanctions and by the growing anti-western sentiment in the region. Christianity is associated with the West, and particularly with the United States. This translates into increased tensions in Muslim-Christian relations. We Dominicans have experienced increasing incidents of religious persecution. Twice the statue of Mary, the mother of Jesus was covered with a hijab and abajah as a means of insulting Christians. After a celebration at a Dominican church people leaving the church were attacked. Sixteen men, women and children were injured. By our religious habit, a sign of our commitment, sisters can easily be recognized and receive verbal abuse and even threats, especially the young sisters when they go to the university. The most serious incident involved a 70-year-old Chaldean sister, brutally murdered in her Baghdad convent. Nothing was taken from the house but objects sacred to the faith were desecrated. It is important to note that in each of these instances the Iraqi government came to the defense of the Christian community. Educational Situation
Education has greatly suffered under the sanction regime. The malnutrition resulted from the sanctions has great effect on mental ability. In addition to this Many families no longer send their children to school because they cannot afford to buy books and stationary. As a result literacy has fallen from 90% to 50%. Children do not go to school in order to go on streets begging, selling newspapers or work as shoe-shiners so as to help their families. At the same time there is a brain drain. Many experts, specialists, specialized doctors and highly educated middle class are involved in the reluctant mass migration. Simply because of 70% unemployment or the extremely low wages. Our people do not have hope in a better future. Sanctions have been applied for a very long time and there is a general impression that whatsoever Iraq does, the sanctions will not be lifted or eased. Our country was highly esteemed for its advanced educational system. But now our universities, colleges and schools lack even the simplest requirements such as laboratory equipment. If there is any available, the frequent cessation of electric power supply has ruined them. The publication of books and magazines is almost impossible either because of the shortage of paper or the heavy publication cost. You will feel heart broken to see classrooms with smashed windows, cracked ceilings, no electricity, no seats, no water supply and even no blackboard and chalk. Many students need update textbooks. Most of the institutions have been subject to dramatic damage. According to UNICEF they have been able to repair 450 schools. 5,000 more are in need of repair. Because of the growth of the Iraqi population, 40% of Iraqis are under the age of 15 ; the county needs an estimated 5,000 additional schools. A large number of pupils and university students have dropped their higher education after the Gulf War. Even though education is free, the cost of clothes, books and supplies is prohibitive. They need to work to help their parents earning some money to support the family, in addition to the heavy expenses incurred on obtaining higher education and the transportation fare is incredibly high. At the same time high degrees are not given their real value. People with masters and doctorate degrees prefer to work as taxi drivers, or in hotels or restaurants. We are incapable of importing anything that has any relation with teaching- learning process. Economical Situation In 1981 I traveled for a month in Europe on 400 Iraqi Dinar and had money left over to buy gifts. Now a kilo of flour on the black mark is 400 ID, a kilo of sugar is 600 ID, and a kilo of rice is 500 ID. A kilo of meat is 4,000 ID. All of this, even as the average monthly salary decreased dramatically. According to a European aid agency in Iraq, in 1988, before the Gulf War, the average monthly salary was $1200 U.S. After the war it was $450. Now the average salary is $4 U.S. a month. One of the results of this is that now a large number of homeless children in the street are working in the street. Before the Gulf war the Iraqi dinar was worth 3US $. Now it is 2500 Iraqi dinar to 1 US $ and dropping rapidly as war looms. I would like to raise a critical matter that is 70 % of the people in Iraq have got no money to buy food and other life necessities. As a result the middle class families not only have started, but finished selling their furniture such as: fridge, TV. Sets, videos, clothes and even their books in order to provide food for their children. At the moment these families have nothing left to sell, therefore they are the victims of malnutrition and starvation. The nightmares of poverty and starvation have opened a wound in the heart of every Iraqi individual and this wound is growing deeper day after day. This poverty and starvation lead to robberies, murders, exploitation, killing, forced migration and subsequent unraveling of the Iraqi family. We are suffering from hunger and starvation despite the fact that Iraq is a country of great riches and is floating on an ocean of black gold. Our oil is supposed to be a blessing for the country and its people, but it has become a curse and a source of suffering. The political situation The unstable situation, the continued bombing and threats are the nightmare that makes our people worried and live in panic. Our children have a disturbed sleep; so they cry in the midst of their sleep. The migration of young men has caused many social problems. The most urgent one is the increase in the number of females to males, which is 8 females to 1 male. Therefore many young women remain unmarried; so they give up their religion and run away with Moslems. Also the young men are drawn to Islam due to financial problems.
Agriculture Before the embargo, Iraq used to import 70% of seeds, fertilizers, agricultural equipment and veterinary drugs. Agriculture is facing great dangers that Iraq has never been familiarized with before. Hundreds thousands of rats and mice invaded six Iraqi governorates and ruined most of the agricultural crops that form a main source of food of Iraqi citizens. Also the U.S. used biological weapons. According to the Carita International report for 2000, they introduced the Snail Worm Fly into Iraq. It caused great damage in human beings and cattle. The fly spread to six governorates. Also, in 1997 U.S. planes dropped insect larvae which infested the palm trees and killed many of them. This resulted in increase in the price of a kilo of dates from 50 ID to 1200 ID. Another Governorate in the south was attacked by worms and strange spiders which caused huge damage. Are the sanctions imposed for valid reasons? Do the sanctions target the right people? Have sanctions reached their goals or objectives? Are the sanctions reasonably time -limited ? The sanctions are genocide. They destroy the people in Iraq (especially women and children), and Iraqi culture and their land. The sanctions consequences are worse than the consequences of all the bombing that took place during the war. The embargo and the economic sanctions have deprived us of our rights to learn and develop. They cannot be justified. The innocent, weak and voiceless people should not pay for mistakes for which they are not responsible. The sanctions should be lifted so that our country can regain its dignity, experience normal development and be in a position to re-establish fruitful and good relations with other peoples. I plead to each one present here who is capable of putting pressure on the world leaders, particularly President Bush to advocate the lifting of the unjustly imposed crippling sanctions and preventing the nightmare of new war from haunting the Iraqi children, women and all the innocent and vulnerable people of Iraq so that they can restore their dignity. Our activities Under these difficult circumstances does the presence of 200 Dominican sisters, brothers and priests and 1,000 Dominican laity in Iraq mean anything? As an order rooted in the Gospel, we are called to preach truth, love, hope and compassion. We are compelled to share in the suffering of our people. I humbly admit that we do so despite the hard circumstances that we are going through. Our Dominican Charism enables us to read the sings of our times in a prophetic way and listen compassionately to the cries of our people. We try our best to be the sign of hope for them, identify their urgent needs and respond to these needs by sharing Gods love and compassion with them. During these hard moments we do our best to be with the poor and for the poor. Our congregation has started ten sewing centers to offer free courses in sewing and knitting for the housewives and young women who have no work. We try to find jobs for young men in order help them understand their self-worth. Due to the lack of hope and the difficulties that our young people face, there is an obvious increase in the number of young men and women under depression, we have to accompany these and try to lighten their grief. Our congregation has converted two of its convents into orphanages to look after the orphans and young girls suffering from hard social situations. Also we have converted another convent into a maternity hospital to offer good care and distinct service for the infants and their mothers, teach religion for children of all ages. Some of the sisters teach theological courses in Baghdad and Mosul, help in the formation of other religious educators. We have opened our educational centers to serve students and others who would not otherwise have access to books for personal reading, research and writing. The Dominican Family We, the Dominican brother and sisters in Iraq like to express our warm thanks and extended gratitude to the entire Dominican sisters and brothers for all the efforts and actions they have taken on our behalf and behalf of our people. We deeply appreciate their wholehearted prayers and fasting, this will surely cast the Demons out. We are encouraged in our efforts by Dominicans around the world who support us with their prayer, fasting and solidarity. Our hope is that our Dominican brothers and sisters will double their efforts to direct the power of our Charism on the desperation and isolation of the Iraqi people. They have to bring the cry of the Iraqi children into every pulpit, parish, classroom and any place where the Word of God will awaken a compassionate response. As Dominicans, the Order of Preachers which is deeply rooted in the Gospel and the preaching of the Human Rights, we are compelled to call for an end of the sanctions and the embargo against Iraq so as to end the childrens anguish and death. Then the world will no longer hear: We are suffering. Is it legal? Is it fair and acceptable?
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